Faça o "Download" dos meus livros *livre
Esta obra não se refere apenas às aldeias, mas também à vida citadina, no tempo dos pregões matinais: os aguadeiros, as casas de malta, os banhos municipais, a sopa dos pobres, as sentinas públicas, e tantas coisas mais que foram a vivência do passado. É um texto cheio de coincidências e factos reais, que marcam a era dum povo humilde, mas digno, pobre, mas honesto, iletrado, mas inteligente, forte, mas pacífico, palrador, mas duma só palavra. Um “sim”, de mão apertada, tinha o valor duma escritura.
Esta obra relata as passagens vividas duma mulher, mãe de treze filhos, ficando viúva quando todos eram menores e, na maioria, de tenra idade. Continua depois com a vivência desses jovens, partindo da aldeia com pouca ou nenhuma instrução, sem profissão, levando consigo apenas a grande vontade de vencer.
Neste livro o autor recorda o que encontrou quando deixou a sua terra em busca dessa aventura, desde o sabor amargo do principio e da adaptação a da exploração pelos oportunistas — estes, sempre existentes em todos os lugares do Mundo, espreitando uma maior produção, pelo menor custo do mercado, não importa se a mão-de-obra barata são naturais ou estrangeiros, e se chega ou não o salário do seu trabalho, pois o que conta para tantos destes exploradores são o sucessos dos seus negócios e o seu dinheiro, que são o seu Deus, a sua consciência e a sua Pátria.
Este livro escrito em prosa e poesia, ainda que se nele encontrem algumas histórias lendárias, muito em especial acerca dos fidalgos de Fajão, é na sua totalidade baseado em factos reais, acontecidos com pessoas que viveram e sofreram nas vilas e aldeias da região centro. O mesmo terá acontecido a muita gente em outras aldeias portuguesas até aos fins dos anos sessenta, altura em que o professor M Caetano entrou no poder e deu a este povo alguns direitos sociais nunca antes usufruídos, por gente que só conhecia nas suas vidas sacrifícios, pobreza, responsabilidades e deveres.